IMORTALIZADA PELAS OLIMPÍADAS DE 1960
Superou doenças e conquistou três medalhas de ouro ao seu país
As Olimpíadas de inverno, realizadas em Roma, de 25 de Agosto a 11 de Setembro de 1960, tiveram vários atletas que se destacaram. Entre eles, os três negros que ganharam muita fama: o etíope Abebe Bikila que venceu descalço a prova de mais de 42 quilômetros, o boxeador norte-americano Cassius Clay (conhecido também pelo seu nome muçulmano Muhammad Ali) que ganhou uma medalha de ouro, mas jogou no rio para protestar contra o apartheid americano e o assunto principal, a corredora norte-americana Wilma Rudolph que conquistou três dos 23 ouros do país.
Wilma nasceu no estado de Tennessee. Foi a vigésima de 22 filhos e ainda por cima, nasceu prematura. Com quatro anos ela adquiriu a doença poliomielite. Durante o tratamento, sua mãe a levava a um hospital para negros, duas vezes por semana. O hospital ficava a 80 km da casa onde moravam. Por conta da paralisia teve que usar um aparelho de metal na perna esquerda até completar nove anos. Além da pólio, ela ainda teve que enfrentar outras duas graves doenças: a febre escarlatina e a pneumonia dupla. Com 12 anos ela já conseguia andar normalmente e com 15 já vencia provas de velocidade no atletismo. Conquistou uma medalha de bronze nas Olimpíadas de Melbourne (1956) com apenas 16 anos. Ela realmente conseguiu superar as doenças.
Porém, o momento em que ela mais brilhou e ficou marcada na história foi nas Olimpíadas de Roma, em 1960, em que ela recebeu o apelido de “Gazela Negra”. Com 20 anos de idade – oito anos após ter vencido a poliomielite – Wilma Rudolph conseguiu três do total de 23 medalhas de ouro dos Estados Unidos. Ela foi a primeira americana a conquistar três medalhas de ouro em uma mesma olimpíada, sendo eles nas seguintes provas do atletismo: 100m, 200m e revezamento 4x100m.
Ela morreu de câncer no cérebro aos 54 anos, mas sua história de luta, não apenas no esporte, mas também na vida, foi imortalizada.